A RAPS organizou, nos dias 21/10 e 22/10, o curso de Empreendedorismo cívico e transformação social. O evento ganhou ainda mais importância porque, além de fazer parte do cronograma de cursos da organização, também foi ocasião do II Módulo de Formação dos Empreendedores Cívicos RAPS 2017. “Ação política local e construção de cidades e territórios sustentáveis” foi a temática que motivou todos as discussões do encontro que aconteceu na sede da RAPS, em São Paulo.
A programação foi preparada pela RAPS a fim de apresentar o conceito de Empreendedorismo Cívico e capacitar os participantes para atuarem como agentes de transformação social. Nomes como o Líder RAPS Ricardo Young, que tem vasta experiência em setores da sociedade civil, assim como na política institucional (exerceu o cargo de vereador no município de São Paulo); André Previato, Líder RAPS e colaborador da RAPS na área de Engajamento; Thaís Ferraz, graduada em Ciências Biológicas pela Unicamp e pós-graduada em gestão socioambiental pela FIA (USP). Ela assume a gerência da área de conhecimento do Instituto Arapyau; Zysman Neiman, Líder RAPS e colaborador da organização na área de Sustentabilidade; Renato Morgado, Gestor Ambiental (USP), mestre em Ciência Ambiental (USP) e especialista em Democracia Participativa (UFMG); Rodrigo Agostinho, Líder RAPS com experiência na política institucional e atualmente gerente-executivo do programa Cidades e Territórios, do Instituto Arapyaú; Márcia Santin, consultora nas áreas de planejamento estratégico de cidades e formação de mecanismos de interlocução entre a sociedade civil e o poder público; e, por fim, Ivan Silveira, integrante da Rede Nossa Belém, ligada à Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Silveira articulou a assinatura do Termo de Cooperação do Governo do Estado do Pará com o Programa Cidades Sustentáveis.
Como parte da programação do evento, foi apresentado aos participantes o Programa Empreendendo Cidades e Territórios Sustentáveis (E-Cites), desenvolvido pela RAPS em parceria com o Instituto Arapyaú. O E-Cites foi criado justamente para dar um suporte às suas lideranças, especialmente os Empreendedores Cívicos, para, em suas atuações locais, cidades e territórios sustentáveis. Saiba mais sobre a iniciativa e acesse na íntegra o conteúdo clicando aqui.
Cidades Sustentáveis versus Cidades Inteligentes
Um dos palestrantes do evento, o Líder RAPS Ricardo Young, falou aos empreendedores sobre a importância de mobilização da sociedade cívil e de trazer para a área da política os conceitos da teoria da complexidade. Segundo Young, há um nocivo “divórcio” entre “cidades sustentáveis” e “cidades inteligentes”, no sentido de que sustentabilidade e tecnologia, embora posssam igualmente contribuir para a melhoria das cidades, perdem a oportunidade de colaboração mútua.
Ainda segundo o Líder RAPS, a complexidade para o campo político poderia contribuir significativamente, pois evitaria partidarismos vazios que não contribui para o debate, provocando uma sinergia de forças, independente se viesse da “esquerda” ou da “direita”, mas que serviria ao progresso das pautas sustentáveis em todas as suas dimensões.
Young defendeu que, no contexto brasileiro, os municípios precisam ser mais empoderados e o pacto federativo (altamente concentrado na União) mais justo. “Em 2018 temos uma oportunidade de repensar isso, mas para isso é necessária uma sociedade civil organizada”, argumentou. Ainda sobre a importância das cidades, ele argumentou que “o século XXI é o século das cidades” e que “há um imperativo no nosso século para que as cidades sejam as responsáveis pela garantia dos princípios da sustentabilidade e pelo combate ao aquecimento global”, mas que para isso é necessário romper com a centralização do poder público e sempre apostar na mobilização da sociedade civil.
Curso de transformação social é foco no Módulo II de formação de Empreendedores Cívicos
25 de outubro de 2017