Nosso maior valor são as pessoas e a gente existe para fazer com que nossos Líderes cooperem, em nome da sustentabilidade, apesar de suas diferenças.
Já imaginou poder levar para a sua cidade um programa de microcrédito que deu certo numa cidade da Paraíba? Ou um sobre IPTU verde que deu certo em Salvador? Os Líderes RAPS sabem, porque isso é a RAPS, destaque no Estadão de hoje (19/05) pela troca de experiências e cooperação entre políticos do Brasil inteiro e que originou o nosso Banco de Boas Práticas, plataforma aberta e gratuita que você já pode consultar.
Confira o trecho:
Apesar das pautas ambientais serem as mais lembradas quando se fala em tornar uma cidade sustentável, a busca pelo trabalho decente e crescimento econômico também está prevista nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Foi para isso que a pequena Bananeiras, cidade de 20 mil habitantes no interior da Paraíba, criou a Casa do Empreendedor, projeto que prevê apoio financeiros a micro e pequenos empreendedores, além de suporte administrativo, jurídico e contábil para a abertura de uma empresa.
A experiência foi compartilhada pelo ex-prefeito Douglas Lucena (PSB-PB) por meio da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade – RAPS, organização apartidária que estimula a interlocução entre mandatários de diferentes partidos. A partir daí, a ideia foi adaptada por ao menos outras duas cidades: Mogi das Cruzes (SP) e Caruaru (PE).
“Na busca de soluções rápidas e eficientes frente a situações emergenciais, como o cenário pandêmico que estamos vivendo, procurei primeiro modelos que já deram certo. Não é preciso inventar a roda”, disse o prefeito Caio Cunha (Podemos), de Mogi. “Sou entusiasta de redes de colaboração que permitem o encontro de pessoas que, embora estejam em regiões diferentes do País, pensam em soluções semelhantes”, afirmou Raquel Lyra (PSDB), prefeita de Caruaru.
A versão de Mogi foi adaptada para o momento de pandemia e recebeu o nome de Auxílio Empresarial Mogiano. Nele, contribuintes do Simples Nacional que atuam em áreas consideradas não essenciais podem receber R$ 300 por funcionário registrado, com limite de até 5 funcionários. O empresário Roberto Assi, de 64 anos, foi um dos beneficiários. Dono de uma papelaria, ele disse que o programa contribuiu para a preservação do emprego de todos os funcionários. “Em um momento extremamente difícil para os comerciantes, foi possível aliviar as contas e manter o funcionamento da loja.”
Plataforma
Trocas como a de Bananeiras, Caruaru e Mogi inspiraram a criação do Banco de Boas Práticas, uma plataforma de consulta aberta da RAPS, rede apartidária que soma mais de 670 pessoas, das quais 141 estão no exercício de mandato eletivo – dois governadores, sete senadores, 32 deputados federais, 41 deputados estaduais, dois deputados distritais, 17 prefeitos e 41 vereadores.
Mônica Sodré, diretora executiva da entidade, disse que o objetivo da plataforma é deixar à disposição de todos iniciativas que já foram implementadas e testadas por líderes da rede. “Ali estão as sementes das soluções que queremos ver implementadas”, disse ela ao Estadão.
Para Sodré, que é cientista política, a descontinuidade de políticas públicas e o desconhecimento de gestores e legisladores a respeito da Agenda 2030 dificultam o avanço do tema no País. Tudo isso se soma ao pouco envolvimento do governo federal com a pauta.
A especialista lembra a extinção, em 2019, da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), em episódio que ficou conhecido como “revogaço”. “É mais um dos elementos que ajuda a colocar luz sobre a não prioridade do governo federal.” Hoje, segundo ela, o desenvolvimento de metodologias para acompanhar a implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em nível municipal fica a cargo da sociedade civil, que tem realizado um bom trabalho.
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