“O Brasil precisa conhecer a si mesmo – em especial no que diz respeito à sua grandiosa base de recursos naturais – para mudar. A transformação do país se dá a partir do que ele é, não a partir de visões e aspirações dissociadas da realidade nacional.” A reflexão de Francisco Gaetani é uma das muitas presentes no livro Inquietações de um Brasil Contemporâneo: Desafio das Eras Climática, Digital-Tecnológica e Biológica (Autêntica), que o Instituto Arapyaú lançará no próximo dia 25 de outubro, na Livraria Circulares, em Brasília.
O evento contará com um bate papo com os autores —além do próprio Gaetani, a obra é assinada por Izabella Teixeira, Marcello Brito, Roberto S. Waack, Samela Sateré Mawé—, além da participação de Mônica Sodré, diretora-executiva da RAPS, que assina o prefácio do livro. Nele, Mônica contextualiza o momento da chegada desse texto na história e reforça o seu chamado às perguntas e escolhas que precisarão ser feitas se quisermos outras realidades.
Com caráter provocativo, a obra traz reflexões abrangentes para o futuro do país, abordando questões econômicas, políticas, ambientais e sociais no contexto atual do mundo. Os temas tratados estão na ordem do dia, como os desequilíbrios ambientais e climáticos, as tensões políticas e incertezas globais, a necessidade de modernização do Estado brasileiro, as agendas estratégicas que envolvem a produção de alimentos, a valorização da biodiversidade com inclusão social e o protagonismo dos povos originários.
“Vivemos uma crise com a natureza, possivelmente disruptiva, que exigirá mudanças de mentalidade, em nossos estilos de vida e na forma de promovermos desenvolvimento e de lidarmos com as liberdades. Portanto, não estamos falando de mudanças de atitude para o futuro, e sim no presente”, escreve Izabella Teixeira.
Ao longo do texto, a interlocução entre diferentes campos de atuação é apresentada como elemento essencial para o fortalecimento da democracia. Os autores assinam o livro coletivamente, indicando que trabalhar em conjunto é possível e necessário. A conexão de diferentes perspectivas também implica buscar um equilíbrio entre a racionalidade e a sensibilidade.
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