Após 45 anos da leitura da “Carta aos Brasileiros”, realizada pelo jurista Goffredo Telles Jr., o Largo de São Francisco, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, voltou a ser palco da defesa da democracia. Movimentos sociais, centrais sindicais, empresários, acadêmicos, organizações da sociedade civil, cidadãos e cidadãs deixaram de lado as suas diferenças para celebrar o Estado Democrático de Direito, defender o sistema eleitoral brasileiro, as urnas eletrônicas e ecoar, com outros atos espalhados pelo Brasil, um sonoro e poderoso NÃO para o autoritarismo.
O 11 de agosto não foi escolhido aleatoriamente. A data é simbólica para o Estado de Direito. Foi demarcada por um decreto de Dom Pedro I, que criou, de 1827, os cursos jurídicos no Brasil, resultando na criação da Faculdade de Direito de São Paulo.
Foi ainda nesse mesmo dia, mas em 1977, que alunos e professores da USP saíram em passeata para comemorar os 150 anos do curso de Direito. Já em 1992, ocorreram manifestações contra o ex-presidente Fernando Collor de Mello com cerca de 10 mil pessoas em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo).
Hoje, democratas de todas as regiões do País se uniram para defender algo conquistado com muita luta e dor: a democracia. Neste grande ato de 2022, fomos representados pela nossa diretora executiva, Mônica Sodré, já que a RAPS, além de ser uma das primeiras signatárias do manifesto da FIESP, é, também, articuladora do “Políticos em defesa da democracia e das eleições”, nosso documento lançado ontem com 119 assinaturas de Lideranças RAPS.
A gente acredita que uma democracia melhor é possível com respeito ao Estado de Direito, às instituições, ao sistema eleitoral, à imprensa livre, a coexistência pacífica entre os diferentes, com amizade cívica, tolerância, diálogo, diversidade, sustentabilidade. Essa luta é de todos nós!
Veja abaixo imagens do ato no Largo de São Francisco (fotos: Thiago Zambrano)
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