A Rede de Ação Política pela Sustentabilidade – RAPS esteve presente na 1ª Plenária da Coalizão Brasil em 2019, evento promovido pela Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura. A organização foi representada pela diretora-executiva Mônica Sodré, que participou do painel “Advocacy para uso da terra no Brasil em 2019: como encontrar convergência?”, que também contou com André Lima, do Instituto Democracia e Sociedade; João Hummel, diretor-executivo do Instituto Pensar Agropecuária; André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e cofacilitador da Coalizão Brasil; e Sérgio Abranches, cientista político e colunista da rádio CBN.
No painel, Mônica Sodré destacou os objetivos da RAPS para os próximos anos, que começam pela preparação de lideranças políticas para as eleições de 2020 e 2022. “A gente precisa investir na formação de lideranças políticas área de sustentabilidade e precisa incluir os partidos políticos na conversa”, explicou. “Isso significa preparar os futuros vereadores e prefeitos para um cenário que é muito mais complicado que o visto antes, com uma série de desafios. Por conta das mudanças climáticas, os eventos extremos serão agravados. Esses prefeitos e vereadores terão que lidar com uma situação em que mais pessoas serão atingidas por secas, por exemplo”, complementou.
Ainda de acordo com Mônica Sodré, existem três desafios principais quando se pensa na pauta da sustentabilidade relacionada à política. O primeiro deles é conceitual e está no campo da comunicação. “É muito difícil traduzir do que estamos falando. É muito difícil encontrar alguém que não ache que esteja trabalhando pela sustentabilidade. Em geral, os governos tentam endereçar essas questões, mas as pastas e mecanismos criados nem sempre dialogam bem com as necessidades”, afirmou.
O segundo desafio diz respeito aos atores que são postos no debate sobre o tema. Para Mônica Sodré, é preciso sair do estado de negação para buscar uma solução para os problemas. “O que vimos na experiência da RAPS é que precisamos parar de negar o papel fundamental dos partidos políticos nesse movimento. O apoio dos partidos políticos no Brasil importa, gostemos deles ou não, e eles não estão nas conversas em que deveriam estar”, justificou.
O terceiro e último aspecto é democracia e suas diferenças pelo mundo. “Tem um aspecto que é fundamental para a tomada de decisão em uma democracia: a qualidade da informação. O nosso desafio é o de garantir a qualidade da informação que chega a mim, a vocês, aos 513 deputados e aos 81 senadores”, finalizou a diretora-executiva da RAPS.
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