Desafios, riscos, oportunidades e compromissos para o fortalecimento da agenda do clima nas diferentes esferas da federação. Esses foram os temas abordados no painel “Crise Climática: Olhares da política brasileira”, promovido pela RAPS durante a 25ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP-25) – evento mais importante do ano para debater a agenda ambiental em nível global -, realizada em Madri, na Espanha.
Com participação da diretora executiva da RAPS, Mônica Sodré, e dos Líderes RAPS senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP) e a prefeita de São Bento do Una (PE), Débora Almeida (PSB-PE), o painel é desdobramento de um processo de construção de diálogo pelo desenvolvimento sustentável promovido pela RAPS desde o seu surgimento, e que tem se intensificado recentemente. Com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), o debate aconteceu no Brazil Climate Action Hub, que fica na Zona Azul – Pavilhão 8, onde ocorrem as negociações internacionais no âmbito da Convenção de Clima e do Acordo de Paris.
Randolfe Rodrigues fez um panorama sobre a política ambiental do país e fez um alerta: “Aos brasileiros que não estão no Brasil: ajudem a repercutir e denunciar o que acontece em nosso país nas questões ambientais. A quem está no país, precisamos fazer pressão no Congresso, por só assim as mudanças vão acontecer”. No painel, p senador também apresentou projeto de lei de sua autoria que busca garantir que o governo federal apresente um plano de prevenção e controle de desmatamento específico para cada bioma.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Agostinho reforçou a necessidade de atenção para a agenda legislativa em Brasília (DF) e destacou a necessidade da sociedade se articular para impedir retrocessos.. “Hoje temos quase mil projetos sobre meio ambiente tramitando em regime de urgência no Congresso Nacional, quase todos com base em uma agenda negativa para a sustentabilidade”, advertiu.
Já Débora Almeida direcionou sua análise para o papel dos municípios no combate às mudanças climáticas e na mitigação de seus impactos.”A necessidade de ações sobre mudanças climáticas também está nos municípios, que é onde as pessoas vivem. Eu parabenizo a RAPS por fazer esse debate como sobre como concretizar esses esforços na esfera municipal”, declarou.
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