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RAPS é citada em pesquisa sobre inovações no campo político

23 de maio de 2016

ideiaO Laboratório de Inovação Política na América Latina (Update) lançou, no dia 04/05, uma plataforma (http://updatepolitics.cc/) na qual podem ser encontrados 700 projetos de participação política em 21 países da América Latina.
Dentre as iniciativas listadas, a RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) foi mencionada dentro do eixo temático da cultura política. A classificação está em total consonância com a missão e os valores da organização, expressa em seu Código de Ética.
Para o diretor executivo da RAPS, Marcos Vinícius de Campos, a inclusão da organização entre os mais importantes projetos de participação política é o reconhecimento de um trabalho que visa a “contribuir para o aperfeiçoamento do processo político e da qualidade da democracia   por meio da formação e capacitação de lideranças políticas comprometidas com valores como ética, transparência e sustentabilidade”.
Segundo o próprio site, o Update se configura como um laboratório de compreensão, difusão e promoção da troca entre os atores do campo político, em busca de uma América Latina mais democrática, com práticas políticas renovadas e mais participativas, organizações e indivíduos mais atuantes, para a construção de sociedades menos desiguais, mais justas e mais inclusivas.
A iniciativa surge como resposta àquilo que especialistas têm chamado de crise de representação política, na qual expressiva parcela da sociedade tem perdido a crença na política institucional. Entretanto, segundo a cientista social Beatriz Pedreira, uma das responsáveis pelo Update, essa crise tem apresentado sinais inovadores. “Essa ideia de que as pessoas não estão interessadas em política está mudando. Aqui no Brasil, por exemplo, a partir das manifestações de 2013, que foi um marco simbólico, se desobstruiu um canal de participação e esse fluxo começa a aparecer.”
O mapeamento começou em junho de 2015 e teve dois critérios iniciais: o geográfico, concentrando-se em iniciativas localizadas na América Latina; e o temático, detendo-se em ações com temas relacionados à redução da distância entre sociedade civil e poder público, transparência, controle social, cultura política, mídia independente e governo 2.0 (termo referente ao uso de tecnologias que encurtam a distância entre cidadão e governo).
A escolha da América Latina como campo de estudo não foi por acaso. Para Beatriz, “o ecossistema político da América Latina tem um potencial enorme e possibilidade de buscar uma própria identidade. A gente se inspira muito nos EUA e na Europa a respeito de democracia e não olhamos para nós mesmos. É preciso buscar uma identidade na democracia latino-americana”, explicou.

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