A mudança climática deixou de ser uma suposição e virou uma realidade que já apresenta algumas consequências irreversíveis. Por conta das ações do homem, o planeta está esquentando. De acordo com o relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC divulgado em agosto, o mundo inteiro precisaria reduzir suas emissões em 7,6% ao ano todos os anos entre 2021 e 2030. Ou seja, o debate não pode mais esperar e precisa ser colocado nas mesas de discussões, sendo a COP26 em Glasgow, na Escócia, o encontro mais relevante para a agenda do clima, uma oportunidade para isso.
Para falar desses e outros temas, a nossa diretora executiva, Mônica Sodré, foi uma das convidadas do Estúdio CBN desta quarta-feira (3), da rádio CBN, que também contou com a participação da pesquisadora titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Luciana Gatti.
Em sua fala inicial, a diretora executiva da RAPS enfatizou que a questão climática é um tema do presente e que precisamos agir para ter um planeta no futuro melhor e menos quente. “O que está em jogo agora é o futuro do mundo e o nosso futuro como espécie. A ciência já tem acúmulo suficiente nos últimos anos para entender que a emergência climática é um problema do presente e não do futuro. Ele é causado pela ação humana e a gente tem uma década, até 2030, para fazer a maior parte dos esforços para estabilizar o clima em 1,5ºC de aquecimento”, diz.
Em outro momento, ela pontuou a importância de uma colaboração mundial para resolver as questões climáticas que afetam o planeta. “Esse não é um problema dos outros, não é um problema que os governos vão resolver sozinhos, mas que precisa sim de ação governamental e de cooperação porque é um problema global que ultrapassa as fronteiras dos Estados Nacionais”.
Além disso, Mônica Sodré representará a RAPS na segunda semana de COP-26 e participará, junto das Lideranças da Rede de Ação Política Pela Sustentabilidade, de uma agenda com parlamentares europeus. Ela também disse qual é a sua expectativa para o evento. “Espero desta segunda semana de evento que os países defendam as suas posições nas rodadas de negociações. Que a gente tenha, além dos sinais que já foram emitidos, uma postura diferente do governo brasileiro. Que o Brasil mude de postura lá fora nas suas negociações, mas, também, que a gente tenha mudança de postura aqui dentro”.
Confira esses e outros temas abordados pela Mônica Sodré no vídeo abaixo:
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