Ricardo Young, vereador eleito pelo Município de São Paulo e Líder RAPS, publicou nesta quarta-feira, 25/6, nota sobre a votação do novo Plano Diretor para a cidade de São Paulo. Por que a votação foi, mais uma vez, adiada? Para o vereador, há uma importante “crise de liderança”.
“Três campos estão em jogo neste final de junho. E muito desse diagnóstico pode ser inspirado pela crise de representatividade que se deflagrou há um ano, com as manifestações que tomaram o país. A três dias de encerrar o semestre, a Câmara Municipal adia mais uma vez a responsabilidade de votar a lei mais importante dessa legislatura: o Plano Diretor, que redesenha a cidade para os próximos 16 anos. O que ameaça um processo tão importante e, até aqui, virtuoso?
Primeiro, a dificuldade do Executivo em negociar suas prioridades expõe uma dissolução da base do governo. Segundo, as lideranças no Legislativo não conseguem discernir o episódico pleito do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto do estrutural ordenamento estratégico da cidade. Não é porque a representação institucional não dá conta de responder às demandas sociais que o poder legislativo deva se submeter aos métodos do MTST – por mais que tenha mérito nos pleitos, usa métodos frágeis, pouco transparentes e autoritários.
Por fim, ao procurar uma representação direta dos seus interesses legítimos, os movimentos sociais deflagram a crise de representatividade da política. Com a aproximação do final do semestre e a mudança da composição parlamentar a partir de agosto, com a saída de parlamentares para campanha eleitoral, a tripla crise de lideranças que se apodera do Legislativo, do Executivo e dos movimentos sociais ameaça sabotar a oportunidade de construir a cidade que queremos.”
A nota foi publicada, originalmente, no perfil oficial de Ricardo Young no Facebook.
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