O painel “Precisamos discutir saneamento” abordou a questão no Brasil sob vários pontos de vista. Entre os debatedores, estiveram Edvaldo Nogueira (PCdoB-SE), Líder RAPS e prefeito de Aracaju (SE); e Rubens Filho, coordenador de comunicação do Instituto Trata Brasil.
Em sua fala, Rubens Filho lembrou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e reforçou a necessidade da sociedade se mobilizar para alcançar as metas estabelecidas. “Saneamento é vida digna”, afirmou.
A urgência em perseguir as metas estabelecidas se justifica por uma série de dados negativos. “O país está entre as 10 maiores economias do mundo, mas ainda não conseguiu levar serviços de saneamento básico a todos os brasileiros. Quase 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, o que equivale à população do Canadá, explicou Rubens Filho.
A palestra trouxe, ainda, outros dados alarmantes sobre a questão: 52% da população não possui coleta de esgoto; a internet é mais difundida no Brasil do que a rede de esgoto; apenas 41% das escolas de ensino fundamental têm rede de esgoto; e 260 mil pessoas foram internadas por diarreia e doenças da falta de saneamento em 2017. “Quando não tratamos de números médios e os analisamos de forma mais localizada, percebemos a gravidade da questão em alguns locais, que incluem diversas regiões do país todo”, acrescentou.
O saneamento em Aracaju
Prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira abordou a questão a partir da realidade da cidade que administra, mas lembrou que o saneamento precisa ser discutido como pauta prioritária no país como um todo. “Se não resolvermos esse problema, vamos perder uma grande oportunidade de nos desenvolvermos no futuro”, garantiu.
Sobre as suas ações na área, o Líder RAPS destacou os avanços do município nesse sentido. “Aracaju está se colocando como ponto fora da curva. Isso tem acontecido depois de um trabalho de anos. Não é algo que se constrói da noite para o dia, é necessário planejamento, foco, prioridade e objetivos”, afirmou.
[ssba-buttons]Tags