Essa semana foi divulgado um dado alarmante: 20 milhões de brasileiros e brasileiras estão passando fome severa, representando 9% da população. No Norte e no Nordeste, a situação é ainda mais grave: 18% e 14% respectivamente. Os dados são da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional – Rede Penssan, que revelam um aumento entre aqueles que sofrem de insegurança alimentar severa, quando não são consumidos alimentos em um dia inteiro ou mais. O índice da população brasileira que enfrenta algum tipo de restrição alimentar manteve-se no altíssimo patamar de 55%. As lideranças RAPS sempre tiveram preocupação com esse tema e, por isso, apresentaremos iniciativas exitosas no combate à fome e na promoção de agricultura sustentável que fazem parte do nosso Banco de Boas Práticas (BBP).
Em 2013, no seu mandato de vereador em São Paulo, a liderança RAPS Gilberto Natalini (PV/SP) apresentou a proposição legislativa para inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar do sistema municipal de ensino do município de São Paulo. A iniciativa incentivou a boa prática de produção ecologicamente sustentável, através da introdução de alimentos orgânicos de origem agropecuária nas escolas municipais.
Além disso, a ação aumentou a demanda por esses alimentos que, usualmente, restrito a consumidores mais conscientes e pouco representativos no universo geral de consumidores do Município de São Paulo. A iniciativa proporcionou a implementação de merenda com alimentos orgânicos em 3.500 escolas municipais. A meta é alcançar 100% de alimentação orgânica até 2030.
Já o ex-prefeito de Bento Gonçalves e liderança RAPS Guilherme Pasin (PP/RS) apresentou, em 2014, a política pública Olhar Atento – Ciências para vida e Alimentação Saudável. O projeto proporcionou vivências que fomentaram reflexão e experiências em torno da alimentação saudável, oferecendo aos alunos de escolas municipais o conhecimento da procedência do seu lanche escolar e provocando reflexões que o auxiliem a avaliar a qualidade da sua alimentação e, em alguns casos, repensar seu comportamento alimentar.
A iniciativa alcançou, aproximadamente, 8.100 estudantes de forma direta, Para isso, foram capacitados 250 professores. Em 2014, o Projeto recebeu o Prêmio Gestor Público e, em 2017, o município foi contemplado com o Prêmio Boas Práticas de Agricultura Familiar para a Alimentação Escolar.
E por fim, em 2018, a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Paulo e liderança RAPS, Aline Cardoso (PSDB/SP), criou o Programa Municipal de Combate ao Desperdício e à Perda de Alimentos. A ação busca combater o desperdício de alimentos em equipamentos públicos de abastecimento, tais como mercados e feiras livres, por meio da arrecadação de frutas, verduras e legumes que estejam em boas condições ao consumo humano e que seriam descartados. Assim, esses alimentos são distribuídos às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional por meio de entidades assistenciais.
Entre outubro de 2018 e junho de 2020, a iniciativa arrecadou mais de 450 toneladas de alimentos, beneficiando mais de 300 mil famílias. Atualmente, a ação conta com mais de 90 beneficiários do Programa Operação Trabalho, que recebem qualificação profissional e uma bolsa no valor de R$ 1.097 para realizar a sensibilização e coleta dos alimentos, totalizando 30 horas de trabalho semanal.
Em nosso Banco de Boas Práticas você pode encontrar essas e outras políticas públicas voltadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. Para consultá-las, acesse aqui.
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