Jovens da turma de 2015 apresentaram projetos, discutiram sobre campanhas sustentáveis e falaram acerca de novas formas de atuação na política
Neste sábado (20/06) e domingo (21/06), a RAPS promoveu o Encontro de Formação e Capacitação da turma de Jovens RAPS 2015. O evento foi realizado em São Paulo, na sede da organização, e recebeu cerca de 30 participantes.
No primeiro dia, logo após as boas-vindas e o café da manhã, o diretor executivo da entidade, Marcos Vinícius de Campos, fez um breve resumo sobre a trajetória da organização durante os 3 anos de existência. “Vocês, jovens, podem e devem participar do debate sobre sustentabilidade. Estamos abertos e queremos saber o que vocês esperam da RAPS. Não é um debate acadêmico, é uma questão prática”.
Em seguida, o coordenador do evento e Líder RAPS Ademar Bueno disse que participou do primeiro encontro, realizado em 2013, e, desde então, nunca mais saiu da RAPS. Segundo Bueno, que também é professor da Fundação Getúlio Vargas, “não existe uma teoria fechada sobre sustentabilidade. Os participantes terão que adaptar esse assunto aos seus respectivos contextos pessoais. Cada um deve levar esse tema central à sua própria realidade e política locais. O papel da RAPS, como rede, é trazer pessoas, conteúdos e ferramentas para encorajá-los cada vez mais para seguirem nesse caminho”.
Com o tema “Construção da liderança política para a sustentabilidade”, o Painel 1 contou com a participação dos Líderes RAPS Alessandra Monteiro, André Palhano e Cleber de Moura Delalibera. De acordo com Palhano, jornalista e criador da Virada Sustentável, a sustentabilidade deve estar inserida na política institucional. “A sustentabilidade não pode ser associada única e exclusivamente a questões verdes, de preservação ambiental. Também temos, dentro desse ‘guarda-chuva’ enorme, temas sociais, de inclusão, diversidade, direitos humanos, cidadania, entre outros. As pessoas precisam enxergar as inter-relações dessas pautas”.
No final da manhã, os Líderes RAPS Kayo Amado, Rafael Boff e Gisele Uequed deram seus depoimentos durante o Painel 2, que abordou “Os desafios de uma campanha política sustentável”. Com discurso forte e definido, a advogada Gisele Uequed afirmou que as pessoas só se tornam ativistas quando param de pensar somente em si mesmas. Para ela, o egoísmo deve ser evitado a qualquer custo quando se está inserido na política.
Após o almoço, os temas “A política na era digital” e “Novas formas de atuação na política” foram discutidos por meio da Dinâmica do Aquário.
Esta atividade consistiu na reunião de um grupo de pessoas para debater os assuntos propostos. Com o auxílio de facilitadores, os jovens participavam das discussões ao ocuparem cadeiras vazias colocadas dentro do círculo formado.
Compuseram a roda de debates o Líder RAPS e membro da Rede Meu Recife, Fernando Holanda, a Empreendedora Cívica RAPS e consultora da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Wanessa Spiess, e a coordenadora de Mobilização da Rede Minha Sampa, Liane Lira.
No domingo, após o café da manhã, foram apresentados os projetos desenvolvidos para o “Desafio RAPS”. Nesta edição, a tarefa era mostrar o que foi elaborado pelos cinco grupos participantes. Cada grupo teve cerca de 30 minutos para dividir o material com os presentes. Os temas discutidos foram “Campanhas”, “Mandatos”, “Sustentabilidade”, “Conselho de Transparência” e “Estágio Cidadão”.
Ao final das apresentações e ponderações, como exercício de análise, o coordenador do evento e Líder RAPS, Ademar Bueno, propôs a formação de um círculo para os Jovens RAPS, organizadores e convidados falarem acerca de suas impressões pessoais sobre o Encontro de Formação e Capacitação. “Estou agradavelmente surpreso e com todas as minhas expectativas superadas. O papel da RAPS é formar líderes e, tenho certeza, cada um de vocês será um grande líder”, finalizou Bueno.