“Futuro do Trabalho e Sustentabilidade Social: Como garantir trabalho e um futuro sustentável para a geração atual?” foi o tema do painel do segundo dia do Módulo de Formação. O debate teve participação de Laura Carvalho, economista e professora da FEA-USP, que utilizou os dados do relatório da comissão global da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre futuro do trabalho como base para a sua fala.
A economista falou sobre o atual momento de transição no mundo do trabalho e ressaltou que a ideia simplista de que algumas ocupações serão eliminadas ao mesmo tempo em que outras surgem pode ser um equívoco. Para ela, essa transição pode ser para uma coisa pior, sem que as pessoas que ocupavam os espaços transformados sejam preparadas ou realocadas.
De acordo com Laura Carvalho, a nova realidade do trabalho exige investimento em formação e qualificação dos empregados em funções que passarão a ser obsoletas, com uma agenda de geração de novas oportunidades. “Os trabalhadores que serão mais prejudicados são os menos educados para capturar as novas oportunidades que vão surgir. Os que formam a base têm menos instrumentos para se inserir no a nova realidade”, explicou.
A economista também abordou outros elementos que, em sua visão, precisam ser garantidos na nova realidade, como a renda básica universal e a redistribuição de custos transicionais, que inclui a taxação de gigantes da tecnologia, por exemplo. “É necessário que se amplie e fortaleça o sistema de proteção social para acolher esses trabalhadores que perderão seus empregos”, complementou.
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