Nestas eleições, a RAPS lançou o Programa ‘Estágio Eleitoral’. A iniciativa, que teve início em agosto, tem como principal proposta qualificar e potencializar as campanhas eleitorais dos Líderes RAPS candidatos às Eleições 2014, além de propiciar uma oportunidade de aprendizado aos demais membros da rede RAPS, possibilitando-os vivenciar as experiências de um processo eleitoral.
Os estágios estão em andamento, com previsão de término no dia 5 de outubro, data em que ocorrerá o primeiro turno das eleições.
A RAPS está em contato com os participantes do estágio, colhendo feedbacks tanto dos candidatos como dos voluntários.
Abaixo compartilhamos com vocês a experiência do Líder RAPS Cristiano Pacheco, que escolheu estagiar na campanha da Líder RAPS Gisele Uequed, candidata a Deputada Estadual pelo PSB/RS.
Cristiano é formado em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Luterana do Brasil, Mestre em Direito Ambiental pela Universidade de Caxias do SUL e Especialista em Direito Ambiental pela Universidade Federal de Pelotas.
Também é Sócio-Diretor da Cristiano Pacheco Consultoria Ambiental Ltda e Diretor Executivo do Instituto Justiça Ambiental – IJA, apoiado pela Fundación AVINA.
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RAPS: Você já havia participado dos ‘bastidores’ de uma campanha eleitoral?
Cristiano Pacheco: É a primeira vez. Sempre mantive distância da política, mesmo a estudantil. Nunca acreditei muito na eficiência da forma de representação da sociedade civil vigente e disponível. Conhecer a RAPS me animou a participar. Precisamos de líderes que nos representem melhor, com mais qualidade, técnica, seriedade e ética. Como essa é a proposta da RAPS, aceitei participar do processo seletivo e fico muito feliz em integrar ao grupo.
RAPS: O que te levou a participar da Campanha da Gisele Uequed?
CP: O que me levou a participar da campanha foi o formato de trabalho proposto pela RAPS, que acho inovador, um sopro de esperança em um meio tão desqualificado como o da política nacional. Creio que se a RAPS der dois passos à frente do crítico cenário atual (sendo pessimista), isso já significará um avanço incrível.
Gostei muito da apresentação pessoal do Marcos Vinicius (Diretor Executivo da RAPS) aqui em Porto Alegre. A RAPS está de parabéns pelo formato único de trabalho que certamente renderá muitos frutos e melhores lideranças em um futuro próximo. Precisaremos muito disso para um planeta que logo ali em 2050 contará com 9 bilhões de habitantes. O Brasil como celeiro de variada matéria prima precisa estar preparado para aproveitar isso.
RAPS: Você está participando de qual área da campanha?
CP: O foco é buscar maximizar a campanha da Gisele Uequed, otimizando o que já vem sendo feito, sempre aproveitando o ótimo momento da Marina. Também nos preocupamos em discutir respostas para o eleitor mais qualificado, como suposições de que o PSB teria algum vínculo com o Foro de SP; relação da Marina com o PT (sempre muito questionado), agronegócio e Marina, ataques à ela na internet, difamações, dentre outros.
RAPS: Quais os principais aprendizados e desafios que este estágio está lhe proporcionando?
CP: Tudo está sendo um aprendizado, já que nunca havia participado de uma campanha política. O que pode se verificar é que envolve grande volume de trabalho exigindo organização e coerência nas ações, além de uma equipe de confiabilidade e muita determinação.
No RS vejo como uma dificuldade a diversidade de culturas. Alinhar um discurso mais direto (para pessoas com menor instrução) e outro mais aprofundado e fundamentado (para uma grupo mais instruído, exigente e ávido por informações), conhecer as propostas do candidato, histórico profissional, político, etc, parece ser um desafio a ser considerado, especialmente nas redes sociais e trato pessoal também.
Verificamos que um eleitor qualificado e formador de opinião pode puxar 100 votos facilmente, assim como, se desiludido com o candidato, retirar 200. Acredito que estes são pontos importantes e desafiadores, no sentido de melhor qualificar as campanhas em termo de conteúdo, assim como para conquistar mais votos.
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