Em evento ocorrido na RAPS, convidados concordam positivamente ao analisarem a forma de utilização de recursos naturais no país
Na última terça-feira (15/03), por volta das 19h, aconteceu o primeiro evento de 2016 na sede da RAPS, localizada no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. O encontro deu início a uma série de quatro reuniões que serão feitas no primeiro semestre. As discussões serão promovidas pelo Grupo de Trabalho Sustentabilidade Brasil, por meio do Eixo Temático Biodiversidade e Uso dos Recursos Naturais, que tem a coordenação de Roberto Waack, presidente da empresa AMATA Brasil e um dos coordenadores da iniciativa Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
Intitulado “Uma Análise do Uso dos Recursos Naturais”, o debate desta terça (15) teve a mediação de Waack e as presenças especiais de André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Pessoa, sócio-diretor da consultoria Agroconsult, Bernardo Rudorff, diretor executivo da Agrosatélite, Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), e Rodrigo Lima, diretor geral da Agroicone.
Além dos internautas que acompanharam ao vivo, mais de 25 pessoas compareceram à sede da organização para assistir ao debate. O Líder RAPS, colaborador e coordenador metodológico Zysman Neiman realizou a abertura do encontro, deu boas-vindas aos presentes e explicou como funcionam algumas das atividades da entidade.
Otimista e ressaltando os resultados favoráveis atuais acerca do meio ambiente, sobretudo na região amazônica, Guimarães afirmou que, mesmo de modo não intencional, o país tem conseguido conservar a biodiversidade. “A sociedade brasileira cuidou bem de parte da Amazônia. O Brasil tem entregado bons resultados para o planeta em termos de preservação. Cumprimos um pouco da nossa parte. Temos maior consciência da importância do ambiente em relação a outros países. Estamos na vanguarda”.
Bernardo Rudorff, da Agrosatélite, apontou para o fato de que devemos destinar áreas com alta aptidão para a agricultura em terras brasileiras. Segundo ele, hoje se fala demasiadamente em números gerais. No entanto, há necessidade de se atentar a detalhes, a buscarmos mais informações sobre a questão geoespacial do Brasil, com o objetivo de usar terras férteis à agricultura e menos férteis para conservação.
Já para o diretor geral da Agrocoine, ainda não trabalhamos bem a imagem brasileira no exterior. “Está na hora de nos estruturarmos para mostrar nossos ativos. Além disso, os produtores rurais devem lucrar com seus próprios esforços, não se resguardando por meio de políticas assistencialistas”, declarou Rodrigo Lima.
Tamanho o avanço nacional na opinião de Junqueira, nos últimos 40 anos aconteceram duas grandes evoluções no mundo: os Estados Unidos enviaram o primeiro homem à lua e o Brasil conseguiu dominar o cerrado. De acordo com o presidente da Sociedade Rural Brasileira, “hoje, temos lá um solo muito mais rico, o que é um ganho enorme para todos nós”.
André Pessoa destacou que os próprios produtores rurais utilizam as boas práticas e, assim, conquistam resultados mais positivos para suas safras. “Eles perceberam que a própria sobrevivência está no longo prazo, tanto do ponto de vista ambiental quanto no quesito econômico”, finalizou o representante da Agroconsult.
Ao final, alguns participantes mostraram pontos de divergência em relação ao que foi apresentado, o que demonstrou uma certa diferença de visão entre parte do público presente e os convidados à mesa de debate. Desta forma, o evento se tornou ainda mais rico e aberto a novas interpretações.
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Membros da RAPS também pode participar das discussões, enviar sugestões e coeditar o documento final sobre os eventos na Plataforma RAPS.
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