Para fechar o primeiro módulo de formação e capacitação de Líderes RAPS da turma de 2014, dois especialistas foram convidados para debater o jogo entre os poderes da República e os arranjos institucionais: os professores Fernando Abrúcio (FGV) e Vitor Marchetti (UFABC).
O presidencialismo de coalizão foi o ponto central da palestra de Fernando Abrúcio. Ele explicou que esta configuração é afetada diretamente pelo arranjo institucional federativo e que as condições da economia interferem na relação da presidência da República com sua base. “Os aspectos que mais impactam esta relação são o emprego, a inflação e o crescimento econômico.”
Vitor Marchetti apresentou o tema “O novo arranjo institucional que queremos” e mostrou a lógica atual de um desenho consensual feito para garantir a governabilidade no país. Na opinião do especialista em relação ao arranjo institucional ideal que possa representar o amadurecimento do sistema brasileiro, “o desafio não é construir uma agenda de reforma política. O desafio é impedir que a reforma seja feita “sem” os políticos. As reformas feitas por via judicial passam por distorções institucionais temerárias”, alertou.
Após as apresentações, os palestrantes debateram os temas com a nova turma de líderes RAPS ao lado do Senador Rodrigo Rollemberg (DF), que também faz parte da nova turma de Líderes RAPS. O senador criticou o presidenialismo de coalizão e a lógica de distribuição de ministérios e liberação de emendas parlamentares, que são dinheiro público, como moeda de troca para obtenção de apoio no Congresso. O evento foi encerrado pelo diretor executivo da RAPS, Marcos Vinícius de Campos, que aproveitou para confirmar a realização do segundo módulo de formação e capacitação no mês de maio.
Tags