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O cientista político Fernando Abrucio, da Fundação Getúlio Vargas falou abordou o tema “O  novo arranjo institucional que queremos”, no painel “Por uma governança sustentável”, no segundo dia do Curso de Formação e Capacitação de Líderes RAPS.
Abrucio explicou as características tradicionais da política institucional no Brasil, como a baixa participação política e social do cidadão comum, a fragilidade da visão democrática e as ambiguidades deste modelo que contrapõe desenvolvimento econômico com desigualdade, fortalecimento do estado com precário controle social e concentração de poder que leva ao autoritarismo.
Por outro lado, Fernando Abrucio destacou os avanços que o  Brasil obteve ao longo do período correspondente aos governos FHC e Lula, entre eles, a instituição de novos modelos de gestão pública, estabilidade econômica, implementação de políticas sociais, ampliação da participação social e fortalecimento dos sistemas de controle.
Neste sentido, o cientista político chamou a atenção dos participantes para a necessidade de fazermos um diagnóstico sobre a realidade institucional. “Se queremos discutir um novo arranjo é importante fazer um mapa do que avançamos e depois identificar quais são os problemas e as possíveis soluções. É importante avaliar qual foi nosso aprendizado institucional nos últimos 25 anos, com uma reflexão sobre a experiência dos partidos e pensar como viabilizar as propostas que encaminham à solução.

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