Em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, evento discutiu a importância do planejamento da Educação Infantil
“Políticas de fortalecimento da família e da educação infantil” foi o tema do evento realizado pela RAPS, a partir de seu Centro de Estudos, no dia 28/07/2016, numa parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, organização que busca debater e disseminar a causa da Primeira Infância, até os cinco anos de idade, momento decisivo para o desenvolvimento da criança.
Estiveram presentes a diretora da Fundação SM, Pilar Lacerda, que já foi Secretária de Educação Básica do MEC e Secretária de Educação de Belo Horizonte (MG) e Paula Galeano, Superintendente da Fundação Tide Setúbal, que também já foi Secretária da Secretaria de Assistência Social do município de São Paulo. O Líder RAPS Alexandre Schneider foi o mediador do debate.
Durante todo evento uma das principais discussões envolveu a intersetorialidade, que é tratar conjuntamente os diversos setores de um governo (educação, saúde, transporte, etc), para que as ações sejam realmente efetivas, principalmente quando se fala em Primeira Infância. “Não dá para pensar em políticas de educação para crianças pequenas sem trabalhar junto as questões da saúde e desenvolvimento social”, explicou Pilar Lacerda. Ela cita que a intersetorialidade existe, mas não é orgânica e não é estimulada.
Paula Galeano complementou a discussão com a questão da divisão dos setores: “Os ministérios são setoriais, mas a entrega para os cidadãos deveria ser menos setorializada”. Segundo ela, as pessoas têm de ir atrás de diversos setores para garantir seus direitos básicos, e quem não possui recursos para tal acaba se prejudicando.
Outro ponto levantado pelas duas convidadas foi a importância de entender as regiões ou bairros de uma cidade, principalmente nas maiores, para realizar ações na educação que atendam às necessidades dessa específica região, pois trata-se de um investimento de alto custo. Isso leva em consideração também questões de infraestrutura e padrão de escola, que precisa possuir um projeto pedagógico e uma estruturação de ensino, pois a creche já deixou de ser do setor de assistência social e passou a ser da educação, segundo Pilar.
As convidadas falaram também sobre a necessidade de fortalecer o núcleo familiar, principalmente em regiões de áreas de risco ou periféricas, e fazê-los dialogar com a comunidade e a escola e atuar de forma coletiva diante do poder público.
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