“A sustentabilidade está entrando no coração da política e é um tema estratégico para a sociedade e para o Brasil”. Com estas palavras, Ricardo Young, ex-presidente do Instituto Ethos, abriu o primeiro módulo do curso Candidatos pela Sustentabilidade.
Com o tema “Agenda da Sustentabilidade: do global ao local e a relevância da gestão das cidades”, Young destacou que a temática ambiental é transversal a todos os setores da gestão pública, da saúde à educação, da mobilidade urbana ao lazer.
“Sustentabilidade é prosperidade econômica, responsabilidade com o meio ambiente e inclusão social”, afirmou. Para ele, hoje a sociedade não aceita mais a imobilidade de seus representantes e quer transparência nas ações, prestação de contas, diálogo direto e controle social.
O segundo módulo do curso foi apresentado por Maurício Broinizi Pereira, coordenador da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo, que abordou o tema “Programa de Metas (indicadores) e Participação”.
Segundo ele, “uma administração com programa de metas com base em indicadores e instrumentos de planejamento garante melhor gestão da cidade e maior transparência nos processos públicos” e aconselhou todos os pré-candidatos a fazerem um diagnóstico de suas cidades desde já. Broinizi defendeu o uso das novas tecnologias de informação a serviço da gestão das cidades e da preservação do planeta.
O terceiro módulo do curso foi apresentado por Maurício Brusadin, diretor executivo da empresa Envolvimento Posicionamento Digital, que falou sobre a importância da internet na campanha eleitoral. Ele ressaltou que as novas tecnologias provocaram uma verdadeira revolução nas comunicações e no perfil do novo eleitor, que não só busca informações na internet, como faz da rede seu espaço para manifestação de suas opiniões e posicionamentos.
A palestra “Planejamento de Desenho Urbano”, do arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, encerrou o primeiro dia do curso Candidatos pela Sustentabilidade alertando para os peritos da expansão horizontal das ocupações urbanas, que não consideram nascentes, fundos de vale, rio, encostas, topo de morros e baixadas e que acabam provocando verdadeiras tragédias, como enchentes, deslizamentos e desmoronamentos que colocam a vida humana em risco.
Para ele, prefeitos e gestores públicos precisam pensar a cidade em diferentes cenários e possibilidades e para isso o planejamento é fundamental. Ele citou a situação das grandes metrópoles como São Paulo, cujo crescimento desordenado fez com que a mobilidade urbana caminhe para o caos. “O modelo de desenvolvimento urbano no Brasil é insustentável. Sem política habitacional que integre unidades territoriais com atividades sociais e evite a ocupação em áreas de risco, não teremos sustentabilidade ambiental”.
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GESTÃO DE CIDADES E PLANEJAMENTO DE CAMPANHA FORAM DESTAQUES NO CURSO CANDIDATOS PELA SUSTENTABILIDADE
6 de março de 2013