Depois do intenso trabalho no ano passado, em que a RAPS foi uma das mais relevantes organizações da sociedade civil na defesa da democracia e no trabalho em prol de eleições seguras e transparentes, colhemos, em 2023, os reconhecimentos por nossa atuação. Em meio ao trabalho de advocacy e articulação por políticas públicas em diferentes áreas, recebemos selos e prêmios — foram 12 nos últimos dois anos — e consolidamos nossa atuação. Aqui estão alguns destaques do nosso 2023:
Programa Lideranças Públicas pelo Clima
Começamos o ano em parceria com a Embaixada da Dinamarca no Brasil e Universidade de Copenhague, levando uma delegação composta de cinco parlamentares brasileiros para a Dinamarca por meio do programa Lideranças Políticas pelo Clima (Political Climate Leadership). O objetivo da iniciativa foi de oferecer uma programação de qualificação técnica e política sobre transição energética, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, apontando ações, de curto e longo prazo que intensifiquem a atuação dos congressistas brasileiros no tema e a coloque no centro da agenda pública. Em maio, abrimos as inscrições para um curso homônimo, online e gratuito, com o objetivo de democratizar os conhecimentos e boas práticas aprendidos na Dinamarca.
Protocolaço “Não é Não”
No trabalho de política e advocacy, organizamos, em fevereiro, um protocolaço entre nossas lideranças para que municípios, estados e o Governo Federal atuassem na prevenção de crimes sexuais contra mulheres em espaços de lazer. Esse trabalho ajudou a dar suporte ao PL 3/23, que tramita na Câmara dos Deputados e que cria um protocolo para prevenir o constrangimento e violência contra mulheres em ambientes como bares, casas noturnas, shows e locais fechados com venda de produtos alcoólicos.
Ranking The Dot Good
Em julho, veio mais uma importante conquista: a RAPS foi reconhecida entre as 10 Melhores Organizações do Terceiro Setor pelo ranking The Dot Good. Ao lado de instituições como Vetor Brasil, Amigos do Bem, ID-BR e Rede Cidadã, fomos destacados por uma metodologia que considera apenas informações públicas, de forma independente. A premiação mostra a força dos mais de 10 anos de trabalho para fortalecer a democracia e colocar a sustentabilidade no centro da política institucional. Além disso, atesta a importância dos esforços realizados pela organização em prol da inovação, transparência e accountability.
Curso Política e Desenvolvimento Sustentável: Caminhos para o Brasil
Já no segundo semestre do ano, a RAPS, em parceria com a Fundação Konrad Adenauer Brasil (KAS) e o Insper, realizou o curso Política Climática e Desenvolvimento: Caminhos para o Brasil, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em São Paulo. Com o objetivo de aprofundar os conhecimentos dos parlamentares da pauta climática e aproximá-los aos debates internacionais atuais, entendendo que o assunto é também uma agenda econômica e de desenvolvimento, a inciativa fortaleceu a ação conjunta de membros dos poderes legislativo e executivo para enfrentar desafios socioambientais do país e impulsionar seu desenvolvimento.
Articulação em prol do mercado de carbono
Ao lado da senadora Leila Barros (PDT-DF), líder RAPS, temos ajudado na articulação para a implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), que seria mais um importante passo na adaptação às mudanças climáticas no país. Em 28 de novembro, nossa diretora-executiva, Mônica Sodré, participou da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, que discutiu a regulação do mercado de carbono no Brasil.
A RAPS considera que esse é um instrumento fundamental para direcionar o setor privado a reduzir emissões de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento do mundo, e sobre o qual, como a própria Mônica afirmou, já estamos atrasados. “Traduzir a potência verde do Brasil em resultados depende de ação. E o Congresso tem hoje a oportunidade de fazer isso”, disse ela aos parlamentares. Mônica deixou ainda, em nome da RAPS, três recomendações de atuação para o país: manter o Acordo de Paris e suas metas, manter as ambições brasileiras, que devem ser sempre progressivas e, em terceiro lugar, aprovar a criação do Sistema Brasileiro do Comércio de Emissões (SBCE). “Sua aprovação, neste momento, em especial, sinaliza ao mundo a nossa capacidade de transformar potência em ação”, concluiu.
RAPS como organização observadora na COP 28
A RAPS foi selecionada como uma das organizações observadoras na COP 28 (Conferência do Clima da ONU), que aconteceu em Dubai, de 28 de novembro a 12 de dezembro. Uma semana antes, em 21 de novembro, Mônica Sodré falou ao Senado sobre as expectativas e recomendações para o Brasil não apenas na COP 28, mas também no médio e largo prazo da agenda internacional do clima. “As mudanças climáticas precisam fazer parte do repertório, do imaginário e da preocupação de vocês, tomadores de decisão. Mais de metade do PIB nacional hoje depende dos ciclos da natureza. Quase 15% do PIB nacional está ameaçado por conta da agenda da mudança do clima até o final do século”, disse ela aos senadores.
Selos e premiações
Começamos o ano recebendo o selo Great Place to Work (GPTW), que reconhece os ambientes mais agradáveis, inclusivos e acolhedores para se trabalhar. Em maio, recebemos, pelo terceiro ano consecutivo, o Selo CO2 Neutro, por compensar de todas as nossas emissões de GEE do ano de 2022. No total, foram compensados 27.000 kg de CO2 equivalente, o que se aproxima de 162 árvores (plantadas e acompanhadas por 2-3 anos). Esse reconhecimento foi sucedido, no final do ano, pela renovação do Selo Prata, pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, reafirmando nosso compromisso de tornar a agenda e as práticas climáticas pilares da nossa política.
Fechamos o ano com a renovação do Selo de Igualdade Racial, que tem como missão visibilizar instituições cujo quadro de colaboradores contemple ao menos 20% de pessoas negras, distribuídas em hierarquias e funções. A iniciativa objetiva incentivar a adoção de políticas públicas afirmativas por meio de cotas no âmbito profissional e é conduzida pela SMDHC – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. A SMDHC também nos concedeu a renovação do selo de Direitos Humanos e Diversidade, desta vez na categoria Mulheres, graças à publicação do Guia Prático para Mulheres na Política. Finalizamos 2023 com a renovação do Selo Doar, que nos atribuiu o conceito A+ de Gestão de Transparência entre as organizações da sociedade civil, e com a renovação do Selo Women on Board, iniciativa que tem como objetivo reconhecer, valorizar e promover ambientes corporativos em que as mulheres fazem parte do conselho de administração, demonstrando a importância da equidade de gênero tanto no mundo corporativo quanto na sociedade, em geral.
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