A 27ª edição da conferência do clima da ONU terminou no último domingo (20) em Sharm El-Sheikh, no Egito. A chamada COP da África, que caminhava para um encontro com poucos progressos nas negociações, conseguiu um avanço significativo para os países mais vulneráveis do mundo. Isso porque foi incluída no texto final da conferência a criação de um fundo para reparação de perdas e danos climáticos nos países mais afetados pelas mudanças climáticas.
Outro ponto positivo desta edição, e comemorada por negociadores e observadores, é a volta do Brasil às negociações climáticas. Presente na COP, o presidente eleito destacou em seu discurso as ações futuras para proteção dos biomas, especialmente a Amazônia, o que marca um novo momento na agenda climática brasileira.
Contudo, países ricos e pobres não chegaram a um consenso sobre como acelerar o corte de emissões e evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5°C ainda neste século. Com a crise energética causada pela guerra entre Ucrânia e Rússia, o texto da COP27 passou a aceitar um mix de energia limpa, incluindo fontes de baixas emissões e renováveis. Dessa forma, a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, proposta no último encontro do clima, ficou de fora do texto final desta edição.
Ao final do encontro, além da criação do fundo de financiamento para perdas e danos, os países ainda reafirmaram o objetivo do Acordo de Paris, de conter o aumento da temperatura média do planeta em até 2°C, e continuar com os esforços para reduzir a alta da temperatura a 1,5°C.
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