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Orgulho LGBTQI+ e o respeito à diversidade

28 de junho de 2021

Orgulho LGBTQI+ e o respeito à diversidade

Nesta segunda-feira (28), comemora-se o Dia do Orgulho LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Queer, Intersexuais, Assexuais), uma data que surgiu para dar visibilidade a questões importantes do grupo e suas bandeiras de luta. Em tempo de pandemia, as celebrações com as cores do arco-íris dos carros alegóricos dos desfiles da famosa parada gay, saíram das ruas e migraram para as redes sociais, em forma de lives,  reportagens e manifestações de apoio. A RAPS acredita que sem respeito à diversidade não existe democracia. E neste dia, abrimos nossas redes para amplificar as vozes dos nossos Líderes RAPS que militam pela causa LGBTQIA+.   

ÍTALO ALVES 

O Líder RAPS Ítalo Alves (PSB-CE), 29 anos, destaca que não é uma luta de uma minoria ou de um gueto. “Todos têm famílias e amigos que simpatizam com as questões pelas quais lutamos”, diz ele. “A diversidade de gênero e orientação sexual faz parte da construção da identidade brasileira –que é bem distinta culturalmente de norte a sul do país”, completa. Para Alves, a democracia só será efetivada quando “ninguém mais for deixado para trás e isso passa pela inclusão das pessoas LGBTQIA+”.  

BRUNO CUNHA

Para o vereador de Blumenau, Bruno Cunha (Cidadadania-SC), de 33 anos, em geral, falta respeito pela individualidade das pessoas. “A diferença não é um problema, mas o que a gente faz com as diferenças”, afirma. Por isso, ele reconhece e parabeniza “todas as pessoas que lutam para ter um espaço reconhecido dentro da sociedade”.  

WESLEY MONEA 

A construção de mudanças dessa amplitude depende de um olhar atento e de respeito às necessidades de cada grupo. É exatamente essa percepção que o jovem Líder RAPS e vereador de Araçatuba, Wesley Monea (Pode-SP), desenvolveu. Com apenas 22 anos, ele percebeu que a lei que autoriza o uso do nome social, no lugar do nome de batismo, nos documentos de identidade, não era respeitada em Araçatuba, até mesmo na Câmara Municipal.Ele conta que uma assessora  transgênero recebeu no primeiro dia de trabalho um crachá com nome masculino de registro e não com o nome social. “Na hora eu pedi para que fosse trocado”, diz Monea. “Muitas vezes isso acontece por falta de informação, outras de propósito mesmo.” Para resolver a questão, propôs e aprovou uma emenda que obriga todo prédio público ter uma placa informativa sobre a lei do nome social. “As mudanças só acontecem através da política”, explica.

AMANDA GODIM 

Apesar dos avanços conquistados, como o reconhecimento do casamento homoafetivo e da criminalização da homofobia, há muito o que fazer.  “Existe uma negligência do Estado em tratar essas questões (relacionadas à comunidade). Fala-se muito da violência, que recai sobre o LGBTQIA+, mas outras questões importantes não são tratadas, diz a vereadora de Uberlândia, Amanda Godim (PDT-MG).  Ela pontua a falta de um marco regulatório. “A vulnerabilidade dos transsexuais, no mercado de trabalho ou a questão previdenciária em caso de morte, são problemas que se resolvem via judicialização.”  

THAINARA FARIAS 

A vereadora de Araraquara, Thainara Faria (PT-SP), de 26 anos, teve a agenda intensa em junho por causa da data. “Fui muito demandada. Participei de muitos espaços. Abri a minha agenda para minha voz chegar a outras inciativas, que não apenas a minha rede social”, explica. Farias não se detém a problemas exclusivos da comunidade, mas aos que abraçam todas as esferas sociais, inclusive a causa LGBTQIA+. Por exemplo, a luta pela aprovação no Senado da Lei Paulo Gustavo, que destrava parte do orçamento da Cultura para atender as pessoas do setor, que ficaram sem trabalho devido a pandemia, é uma das prioridades da vereadora.  

“Tenho um recado para o Brasil e não apenas a RAPS”, diz Faria. “Precisamos nos organizar como movimento e com aliados. Juntos precisamos fazer políticas públicas, principalmente na pós-pandemia”, diz ela. “Enquanto mulher preta sou muito bem acolhida pela RAPS. A rede é um instrumento importante de luta, que vai ajudar a nos proteger do direito à vida.” 

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