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Educação e combate às desigualdades são destaques na segunda semana do Curso Um Brasil Sustentável

3 de setembro de 2018

Educação e combate às desigualdades são destaques na segunda semana do Curso Um Brasil Sustentável


Educação para a transformação e combate às desigualdades foram destaques na segunda semana do Curso Um Brasil Sustentável: Visões, Desafios e Direções, realizado nos dias 22 e 23 de agosto, em São Paulo. Especialistas dos diversos setores participaram de painéis com os temas Cidades Sustentáveis, Reforma Política, Educação e Combate às Desigualdades. O evento é uma parceria da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade – RAPS, o canal Um Brasil, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a FecomercioSP. Você pode conferir mais informações sobre a primeira semana do curso clicando aqui.
O debate sobre cidades sustentáveis, realizado no dia 22, reforçou a necessidade de se combater as desigualdades no ambiente urbano, além de educar gestores e cidadãos para a melhoria da qualidade de vida nos municípios. Oded Grajew, empresário e membro do conselho diretor da RAPS, junto com Kazuo Nakano, arquiteto e professor do Instituto das Cidades da Unifesp, debateram sobre o que é necessário para se ter cidades sustentáveis no país, citando indicadores como qualidade do ar, saúde, educação e transporte, muito usados como métodos de avaliação quando, na opinião deles, deveriam ser usados para a produção de metas. O diálogo envolveu também a necessidade de conciliar questões globais e locais, além da Nova Agenda Urbana, proposta na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano sustentável (Habitat III), realizado em 2016, no Equador. De acordo com Grajew, é necessário superar certo desalento da sociedade em relação à necessidade de mudanças, que serão feitas apenas com a participação popular.
O segundo painel do dia discutiu reforma política, com Mônica Sodré, diretora executiva da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade – RAPS, e Raiane Severino, socióloga e professora da Unifesp. A questão central do debate foi a reforma política. As debatedoras discutiram a diferença a reforma política da reforma eleitoral. Mônica Sodré disse “que as democracias não são todas iguais e é necessário educação política para membros dos governos e para a sociedade em geral”.
Tema prioritário em diversos debates, a educação esteve presente também no primeiro painel do quinto dia de curso. Alexandre Schneider, Secretário Municipal de Educação de São Paulo, e Viviane Mosé, escritora, filósofa e psicanalista, debateram o tema, questionando o modelo atual da escola, contrapondo o mundo real com o digital, o aprendizado linear com o em rede e simultâneo, além de diferenciarem educação de escolarização, sendo um, parte integrante do outro. A conversa abordou também temáticas como a escola em tempo integral – apontando que não necessariamente ela gera um ensino integral, além da educação fora da sala de aula, a cidadania, e a integração do ensino com a comunidade.
O tema de encerramento foi inclusão social e combate à desigualdade. Os convidados foram Ladislau Dowbor, economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e Zysman Neiman, professor da Unifesp. Os professores ressaltaram a desigualdade não só de degradação para os mais pobres, mas do consumo excessivo dos mais ricos, e os impactos ambientais gerados por essa disparidade. Dowbor “ressaltou a degradação social, política e ética da sociedade global, e citou que os juros e o mercado das dívidas são a nova forma de exploração do capitalismo moderno. ” Ao final, o professor ainda ressaltou o potencial brasileiro para um novo modelo econômico sustentável.

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