No segundo dia do Curso de Campanhas Eleitorais, realizado em 20/08 na sede da organização em São Paulo, a RAPS trouxe como destaque o professor Steve Jarding, especialista de Políticas Públicas da John F. Kennedy School of Government, da Harvard University. O professor já é um parceiro de longa data da organização, sempre colaborando com a formação de suas lideranças. “O momento é de crise, pois a governança que temos hoje, no geral, não é boa. Mas há uma oportunidade, uma boa notícia: se conseguirmos atrair lideranças boas para a política, podemos reverter esse quadro de alguma forma”, explicou Jarding, dando boas-vindas aos participantes e se mostrando agradecido pela oportunidade.
O objetivo do curso é apoiar lideranças políticas para que possam planejar, de modo eficaz e estratégico, suas campanhas eleitorais. Nesse sentido, contar com a grande experiência e formação do professor norte-americano torna o curso uma oportunidade ímpar de aprendizado. “Vocês têm uma responsabilidade muito séria: liderar. Eu posso olhar para todos vocês aqui hoje e dizer que o próximo grande líder do Brasil está sentado nesta sala”, explicou arrancando aplausos dos ouvintes.
De forma bastante didática e atraente, o professor esmiuçou importantes conceitos sobre a importância de os candidatos construírem uma robusta estratégia de comunicação, conseguindo a confiança do eleitorado e provocando as mudanças necessárias na política.
Steve Jarding é reconhecido internacionalmente como especialista na área de campanhas políticas. Participou da coordenação de diversas campanhas nos EUA, em particular dos senadores Tom Daschle, Bob Kerrey, Jim Webb, John Edwards, Tim Johnson e Mark Warner. Fazer discursos simples e objetivos, devotar tempo integral, assumir uma postura amigável e segura e não ceder à tentação de mentir, mesmo que o assunto seja de algum modo espinhoso, foram algumas das orientações que ele enfatizou em sua apresentação.
Além das melhores técnicas de construção e transmissão da mensagem política, planejamento de campanha, formação de uma boa equipe e construção de uma agenda, o professor também fez uma análise sobre a importância de pessoas éticas entrarem para a política e reverterem essa crise mundial de representatividade. “A política não tem a ver com aqueles que servem, mas com os que serão servidos”, disse explicando que as motivações para entrar na área da política não devem estar associadas meramente ao poder ou ao dinheiro, mas sim ao desejo de mudar positivamente a vida das pessoas. Sobre a missão e importância de organizações como a RAPS, o especialista se mostrou otimista: “Grupos como esse daqui me dão muita esperança”, concluiu.
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